El uso del cannabis en el imperio asirio
- 11/07/2017
- THGrow
- Curiosidades
Há mais de 6000 anos nasceu o Império Assírio, geograficamente situado a Norte da antiga Mesopotâmia, enquanto que a Babilónia ocupava a parte Sul. Este império teve uma vida larga de uns 1200 anos, compreendidos entre 1813 e 609 AC.
A capital do império Assírio foi Nívine e nela encontrava-se a Grande Bibioteca de Asubanipal, iniciada pelo Rei Sargón II no ano de 722 AC e ampliada pelo Rei Asubanipal perto de 669 AC. A biblioteca consistia numa grande coleção de tábuas feitas de argila e escrita com uma cunha. Nestas tábuas que são cópias de outros textos mais antigos, faz-se menção às palavras Quunabu e Qunubu que significam cânhamo e que serviram de raiz para dar origem a palavras como cannabis e índia, kannabis em grego ou kannab em árabe.
A palavra Qunubu também aparece na correspondência Assíria. Nela, na tábua nº 368 revela os usos dentro dos rituais sagrados desta religião. No dito texto, o alto sacerdote Nergalsharrani, respondendo a mãe do rei ante uma solicitude desta para conhecer os ingredientes que se empregavam nos rituais sagrados, indica-lhe, entre outras plantas, o cânhamo.
O uso do cânhamo era estendido em geral por toda a Mesopotâmia. Além do cânhamo, também era comum o consumo de haxixe (markatal) na sua medicina. Em numerosas tábuas documenta-se o uso das raízes de cânhamo em casos de partos difíceis, fervida a planta inteira para o seu uso como um clister ou para esfregar em forma de azeite das sementes ou cremes elaborados com a planta. As sementes tostadas serviam para acalmar tremores nos membros, enquanto que uma mistura de farinha e cânhamo servia como antídoto.
O cânhamo serviu também para criar uma cerveja a partir das sementes da planta sem efeito psicoactivo que servia para aliviar as dores da menstruação feminina.
Os Assírios foram os inventores da astrologia e entre as suas festas encontramos o Festival de Akitu, que incluía uma cerimónia na qual o Rei era esbofeteado para ser humilde e não esquecer que estava ao serviço do Deus Marduk e para tratar o seu povo de forma adequada. Este festival durava doze dias e começava durante a primeira lua nova depois do equinócio da primavera (Março/Abril), casualmente quando se aconselha o cultivo de canábis no hemisfério norte.
Diferente do otimismo dos Egípcios, que acreditavam na vida depois da morte, os Assírios viviam permanentemente com medo dos espíritos malignos e da morte. Acreditavam que esses espíritos eram os causadores das doenças, portanto deviam combater-los com feitiços mágicos e encantamentos. Nas receitas para se livrar destes demónios aparecia um término que seria o equivalente da “canábis medicinal” e explicaria como afugentar-los, tanto a eles como às doenças que
traziam consigo.
Cabe destacar o famoso poema de Gilgamesh, considerado a obra literária mais antiga da humanidade e que foi muito influente na cultura Assíria. Neste, relata-se a viagem do protagonista em busca da imortalidade e o seu encontro com a árvore da vida, que tem pela sua vez correspondência com a Canábis. Disto falaremos no nosso próximo artigo.
BIBLIOGRAFIA
http://antiquecannabisbook.com/chap1/Asyria.htm
http://www.infocannabis.org/era-cannabis-el-arbol-de-la-vida/
“Os estados alterados de consciência e o seu papel nas culturas da
antiguidade “. DANIEL BECERRA ROMERO.
“A bíblia da canábis”. CHEMA FERRER
"Marijuana Medicine: A World Tour of the Healing and Visionary Powers
of Cannabis". CHRISTIAN RÄTSCH